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Cenas reais dum tipo bom, caritativo e piedoso.

outubro 09, 2005

Tinha feito uma viagem de 4 horas de comboio para ir ter com uma amiga de longa data. E lá estava no aeroporto da portela em Lisboa, à espera do voo da United Air Lines proveniente da Turquia. A Madga tinha-me telefonado a ver se eu a poderia ir buscar. Claro que fui. Aquilo não é convite que se rejeite.

Pedi um café à menina do balcão enquanto apreciava a bonita renda da camisa preta. Foi nessa altura que ao meu lado ouvi uma voz feminina, e sensual a dizer que pagava o meu café. Olhei de soslaio, e vi um animal da espécie feminina, com 1,70 de altura, olhos verdes, seios erectos, pernas torneadas, nádegas firmes, morena, cabelo preto. Não sei dizer mais porque naquela hora não reparei bem!

Depois de agradecer fiquei a saber que ela se chamava Sara. Estava ali porque queria ir para Londres, mas não conseguia arranjar bilhete. Claro que eu tratei logo de dizer para ela ter calma. O Samaritano ia já tratar disso! Disse-me ela que tinha medo de andar de avião também e que faria tudo para ter companhia! Perguntei se era mesmo tudo e ela confirmou. Pelo meio foi dizendo que comigo nem era preciso eu fazer favor. Que adoraria ter-me como companhia e não só. Foi o que quis ouvir.

Dirigi-me aos balcões disponíveis mas não haviam bilhetes. Foi então que num acto de pura inteligência me lembrei de comprar 2 bilhetes ao dobro do preço a alguém que fosse para Londres. Consegui! Convenci um casal de idosos que o caso era de vida ou de morte, e lá paguei o dobro do preço. A Sara ficou muito contente e só no avião já sentado ao lado dela, é que me lembrei da Madga! Mas também por aquela hora queria lá saber dela.

A Sara disse-me que me pagaria os bilhetes em Londres. Eu disse que não era preciso. Que bastava que ela me arranjasse onde dormir, que estava tudo bem. E assim chegamos a Londres. Táxi e fomos para uma rua nos subúrbios. Entrei com ela num modesto apartamento mas excelentemente decorado. Ela perguntou o que eu queria beber. Vodka claro! Foi então que ela me disse que iria pagar-me os bilhetes. Eu disse que não era preciso! Que ela pagaria de como quisesse. Para mim era um bom passeio.

Ela disse para ficar no sofá enquanto ela ia ao WC e que me preparasse pró pagamento. Não resisti e fui atrás dela. Baixei-me e pelo buraco da fechadura, espreitei. Não aguentava a ansiedade e o desejo era tal que me dei a esta invasão de privacidade.

Quando a vi a urinar em pé, com a mão direita a segurar em algo, ia desmaiando. Andei perdido pelos subúrbios de Londres a fugir que nem um desalmado até encontrar um táxi que me levasse ao aeroporto. Regressei no mesmo dia a Lisboa.

Oh meus Deus! Eu meto-me em cada uma!
Caridades:

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